Polêmica na Formula 1

Hoje pela manhã aconteceu o Grande Prêmio da Alemanha de Fórmula 1, que acabou com a vitória do espanhol Fernando Alonso, Felipe Massa em segundo e Sebastian Vettel em terceiro, já o líder do campeonato, Lewis Hamilton, acabou em quarto. E os dois pilotos da escuderia Ferrari protagonizaram um episódio lamentável para o mundo do automobilismo e para o esporte mundial, algo que vai de encontro com os princípios de um esporte de redimento e de alto nível, onde os competidores dão seu máximo em busca da vitória.

Os amantes do automobilismo veem na Fórmula 1 o que os amantes do futebol veem na Copa do Mundo. Para eles a Fórmula 1 é a grande competição, o auge. É na Fórmula 1 onde todo piloto quer chegar. E para isso se concretizar o caminho é longo, difícil e muito competitivo. Um bom exemplo é a GP2, principal competição de acesso para a Fórmula 1. Quem já teve a oportunidade de ver algum GP da categoria sabe do que eu estou falando. Os pilotos só faltam colocar os carros uns por cima dos outros, emoção não falta.

Recentemente os dois pilotos da RBR, Vettel e Weber, se envolveram em um acidente considerado bôbo, imaturo mesmo, pois comprometeu a corrida dos dois e prejudicou a equipe. Deixando o fato imaturo de lado essa disputa entre pilotos da mesma equipe mostra o quanto essa competição é importante na vida do corredor e como a sensação de derrota pesa para ele. Mas, o que aconteceu hoje foi, justamente, o contrário.

Os que tem uma memória boa vão se lembrar com facilidade o que aconteceu quando o piloto brasileiro Rubens Barrichello estava na mesma Ferrari ao lado de Michael Schumacher. No GP da Áustria de 2002 Rubinho vinha liderando a corrida com 3 segundos de vantagem para o segundo lugar, Schumacher, quando, na reta final para a bandeirada a equipe ordenou para que o brasileiro desse passagem para o alemão ganhar a corrida. Foi um episódio revoltante que deixou o mundo do automobilismo abalado e cheio de qustionamentos. Passados 8 anos o fato voltou a acontecer e, novamente, envolvendo a Ferrari. Dessa vez não foi tão explícito como em 2002, mas, teve um agravante que deixa a situação ainda mais revoltante: o audio da ordem do engenheiro Rob Smedley para que Massa deixasse Alonso passar. Massa ficou nitidamente insatisfeito com a determinação da equipe e evitou, até mesmo, cumprimentar o companheiro de equipe na saída dos carros.

Essa situação põe em cheque muita coisa. Será que vale tudo para se conquistar um título? Onde está a verdadeira competitividade?
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